Não se lembra? Quantas vezes falamos sobre isso? E por quantas vidas sabemos de verdades cruciais? Nós que lemos os Gênesis aos pés de tantas crianças, Que recitamos Shakespeare em belos teatros mentais, Que clamamos às linhas de frente de tantas revoluções! Essas letras que escreveram-se tantas vezes! Essa história recontada, conto de fadas erótico!... Continuar Lendo →
Lua Azul
Aqui, de frente às águas tuas, ó Mãe das esperanças cruas, ó Luz a percorrer os sorrisos, um farol da praia do céu a guiar os destinos. Seu ciclo épico permanente, a outra metade da face oculta, símbolo da saudade da gente, de onde o marulho das ondas oriunda. Solta as rédeas dos sentidos, conduz cada... Continuar Lendo →
Seu Alfredo: o Mitólogo de Bermuda
Nadava crawl no Ganges profundo, submerso no caos inconsciente, um mito que jorra por segundo, arrebata o coração da gente. É a história de Teseu e Ariadne, a desvelar os frágeis novelos, É o futuro imerso na Saudade, o fio tênue de tantos elos. O substrato imemorial, do Ser, do Velho e do Amor, a... Continuar Lendo →
A minha Índia
Debaixo daquela araucária, canta o fogo-apagou às vezes és de onde venho, às vezes para onde vou Dança o filete de grama, implora um riso, um amor Inundado de certezas, não há resquícios de dor Debaixo daquela araucária, canta o fogo-apagou Convoca um novo tipo de sonho, o teu já voou Transmuta-te indígena, transmuta-te de... Continuar Lendo →
Brevíssima Ode a Sebastião Salgado
Se os olhos de Sebastião piscaram diante das carências e sucessos, das vivências e dos excessos? Com certeza visitaram o celeiro das contradições a brotar do peito e que, tecnicamente capturadas, eternizam-se (estátua de mármore encarnada). Sua obra coleciona várias das rasuras no grande texto da História do Século XX, porém defende com todo o custo uma fagulha de... Continuar Lendo →
Seu Alfredo, um combatente camuflado nessa Floresta Amazônica
-"Fecha um olho. Prende a respiração. Foca. Atira!" Ser membro inexorável da Família Diviaggi implicava correr alguns riscos, fracassar em muitas áreas, nobreza medieval em pleno Século XXI, mas, mais importante de tudo, era necessário saber atirar. Os meus tios falavam disso como assunto de estado, como se o tiro fosse o carro de... Continuar Lendo →
“Letras Póstumas”, Reportagem do Correspondente Alfredo Diviaggi para o Jornal Morto
Idos de 1969: Quando a estranha brisa chegar o futuro descalço vier me buscar Aqui estará alguém esperando Uma tocha de si inflamando Cubra-me com sua sutileza Partiu o barco da tristeza Deixo frases e uma lembrança Um brinquedo gasto de criança Lá pelas tantas de 1980: Morri a seu lado, sem dores Lobo a... Continuar Lendo →
Há certa prosperidade por aqui
Nesse canteiro híbrido de terra e ar é possível sentir a aura viva a cantar Um soneto desce querendo entreter letras chorosas tentando condizer As mágoas não ultrapassam essa montanha fria aqui, nesse lago fundo, há um lampejo de alegria O gênio ronda, a paz impera bem no centro da atmosfera De tardinha tornamo-nos águia... Continuar Lendo →
O tempo: essa ponte frágil
A criança a brincar índio pelado ao luar encarando o efêmero: esse sublime tempero Um sorriso e um semblante, farol dos olhos, um mirante, horizonte bronzeado a indicar a insônia do devir a embalar Berço imemorial das personalidades grandeza por detrás de cada vaidade arquétipo único e sabor diferente a semear cada qual um continente E as... Continuar Lendo →
Dia de Pescaria de Seu Alfredo ou A plateia de Tilápias
Amarrava às tralhas na Belina 75 e pensava - "fundar os nexos para os que ouvem; entreter uma plateia com uma fatia risonha do meu tempo." Engarrafado no fluxo de cores, cheiros e movimentos, Seu Alfredo desviava do trânsito que ora parecia constituído de carros, ora de cápsulas de energias radiantes, prisma incontido de luz matinal.... Continuar Lendo →
Chora, minha retroescavadeira em obras
O escritor esforçava-se para arrancar sentidos cruciais de uma mera folha em branco. Farfalhavam as quaresmeiras entoando cantigas de seitas desconhecidas. Relembrava dos indígenas ancestrais que ali viveram, venceram e pereceram. O amor desde cedo fazia sua função básica de entorpecer cada gotícula das sensações humanas. Invadido pelos rituais de outrora, podia comunicar-se com a energia... Continuar Lendo →
I don´t want to say this in English ou O Ocaso dos Tizius.
Pensar em outra língua, obnoxious invasion of my lake, my ocean. I don´t want to say this in Português Irmãos na Língua: congregai! knowledge and capacity to build the wall of justice I don´t want to say isso em Português Deixa o fardo triste, levanta! There is a world, we wanna engraft peace in everyone like... Continuar Lendo →
À Chama Do Agora
Quando a infância corria alegre, à toa, A poucas ruas distavam nossas canoas A trilharem o cristal do mar espelhado Esse mar agreste que fomos lançados. Depois te revi...na fronte branca Beleza da pérola à alma franca Detém o toque mais sutil Ardente presente juvenil. Arremessei minha alma no espaço sideral Por ti sonhei, noite celeste... Continuar Lendo →
Aqui há um poço artesiano com dentes afiados
Exorcizar o fracasso acumulado Vomitar a fel desse céu fustigado Reconhecer o nada a embalar esta cantiga A maldade absurda a enublar toda a vida. Fazer do ócio a profissão perante o ódio de plantão O fruto podre na compota há tanto doce que enoja. Alcançar metas ridículas a longo prazo Ser a seta, horizonte, do próprio ocaso... Continuar Lendo →
A mitologia de um pipeiro
Havia uma guerra generalizada no céu de onde eu vim. Os meses de julho e os finais de ano - meses em que a escola formal abria alas para a Universidade das ruas - agitavam seus ventos para o desfile da criançada olhando para cima. A vareta, a linha, o... Continuar Lendo →
O carnaval do instante, este carro abre-alas.
Os sonhos de verão a colorir nossa visão a harmonia do dia em constante vigília. A noite a percorrer, amor sem se conter, os horizontes encantados de teus olhos delicados. Nesse reino onde o riso é a senha do paraíso, façamos os esconderijos de nossos beijos incontidos. E na aurora sempre prometida... Continuar Lendo →
Que é sim, não é não.
Ler a Ilíada daqui do Brasil remonta um antigo ardil em Ílion, longínquo litoral e o vir-a-ser hodierno marcial. A Guerra era modesta nobreza, aretê, disputa hoje há só filhos da puta debatendo-se por moedas. Quão grande é meu gigante Verde-louro e Azulado? Onde estão a paz do futuro e a glória do passado? Pois que não chega, entre... Continuar Lendo →
Saudação a “Seu” Mário Biava
Apenas muito raramente os personagens da literatura podem ser equiparados em saber, profundidade de análise e capacidade de amar. Emergir da Divina Comédia do cotidiano com uma fagulha de sapiência, a precisão do cálculo e a imensa moralidade de ser condigno a todos, são dádivas dos mártires, líderes espirituais e xamãs dos quatro cantos do mundo.... Continuar Lendo →
Poema que Encomenda – Ode aos Casais e aos Professores
O que é posicionar a câmera dos olhos sobre um casal? Ser junto é cultivar à estrada rápida - obra de infraestrutura - do governo do Amor. Um dueto de instrumentos musicais diferentes, destoantes e colossais, guardado no bolso principal do coração. Segue à norma básica do que é único: ser duplo. É expurgação das dores... Continuar Lendo →
O Louco e o Profeta são da mesma estirpe
-Vixe, você nem peidou ainda mas já sinto, como fede! (a escatologia é sempre saudável para iniciar conversas pautadas pelo riso) - Ah muleque, que anda fazendo por aí, metido em escrever sei lá o que, com essa letra horrível? (Devolver patadas é praxe corriqueira, inscrita no coração de cada um com as farpas de mil cactos.)... Continuar Lendo →