Lua Azul

Aqui, de frente às águas tuas, ó Mãe das esperanças cruas, ó Luz a percorrer os sorrisos, um farol da praia do céu a guiar os destinos.

Seu ciclo épico permanente, a outra metade da face oculta, símbolo da saudade da gente, de onde o marulho das ondas oriunda.

Solta as rédeas dos sentidos, conduz cada complexa jornada, jorra bondade em teus filhos, atice o fogo das empreitadas.

Lua vem, Lua traz, lua cheia, o encontro dos imortais permeia, dê-nos aqui, hoje, agora, capacidades, de nos tornarmos reféns das felicidades.

É de Deus que falo, o infinito em cada qual, teu olhar onde resvalo, um poder imemorial.

Que brote de cada árvore que vejo, os suaves frutos de um beijo, selado ante a suprema testemunha, lá em cima, a mãe terna da aventura.

Vem Lua, Vem e Traz, Lua Cheia, que o encontro dos mortais permeia, e nós a bailar em sua gangorra, uma dança profética que voa.

É de Deus que ouvimos, o infinito em cada qual, é o brilho que dividimos, o convite frágil do ritual.

Que brote de cada sequoia que vejo, os intensos frutos de um beijo,  que o amor seja a força-motriz, que reúne o nosso belo país.

Lua vem, Lua vai, lua cheia, que teu rosto aqui clareia, derrama cachoeiras de belezas, eterno vir-a-ser das naturezas.

É um Deus que sorri, o infinito em cada qual, é o olhar profundo para ti, que forja um anel existencial.

Que brote em cada arbusto que vejo, os suculentos frutos enluarados, uma moderação inerente ao desejo, caminhos e atalhos iluminados.

Dá-me Vida, Dá-me Mais, que tu sejas a filha, de um universo de Paz. Um garimpo azul de minérios, a encontrar a gema do mistério.

As Musas sussurram aos ouvidos, um agridoce e contínuo gemido, uma senha arquetípica, que descortina a vigília.

Árvores! Vocês, hoje, não estão sozinhas, hoje não! Estamos Aqui! Um bando estranho de Sonhadores! Que deseja inúmeros e mágicos poderes! Que invoca uma beleza nova por segundo! Que funda um novo e ousado mundo! Que mantém acesa a tocha da Olimpíada do agora, mesmo na Tempestade da hora! Mesmo submersos em águas desconhecidas, seremos os arautos da calmaria!

Não arredemos pés, os nossos pés não arredemos!

Nós que conjuramos às maravilhas, tsunamis titânicos a inundar ilhas.

Nós que surfamos na crista da onda das histórias. Nós os herdeiros únicos de tantas glórias. Nós que inúmeras noites contemplamos teu segredo, que fizemos juras de Amor aos teus pés, que acompanhamos como crianças os teus dedos sutis empurrando os mares e as marés, que encarnamos seus ciclos menstruais, que amamos um punhado louco de ideais.

Na noite de hoje sinta a nossa harmonia nua,

pois fostes tu a nossa bela regente, Lua.

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