Seu Alfredo: o Mitólogo de Bermuda

Nadava crawl no Ganges profundo,

submerso no caos inconsciente,

um mito que jorra por segundo,

arrebata o coração da gente.

É a história de Teseu e Ariadne,

a desvelar os frágeis novelos,

É o futuro imerso na Saudade,

o fio tênue de tantos elos.

O substrato imemorial,

do Ser, do Velho e do Amor,

a verter no quintal

o círculo, o centro, a dor.

É Indra, Hórus, Exu, Shiva

Oxalá, Zeus, Ísis, Afrodite

Baco, Krishna, Buda, Tao, Javé

Brahma, Kali, Pachamama, Tupã

Demian, Bernardo Soares, Sancho,

Juiz Holden, Mefistófeles, Fausto,

Touchstone, Jaques, Julieta, Saci,

Quincas Borba, Fitafuso, Ahab

É a história da poeira letrada

ora conto de fadas, aventuras

Ritual azul da façanha ousada

Revelação! Possibilidades cruas!

Tudo vem a ser no mito,

uma trama de pedras preciosas

um milagre do ouvido

a reluzir às faces zelosas.

Cantou-se em mim às histórias

várias danças em trajes modernos,

inspiradas pelas Musas Memórias

imenso carnaval primevo de versos.

Se por um audaz ato conjuratório,

O Tigre for capturado no mito,

Que trema o teatro mental ilusório,

Que irrompa o rugido antigo.

É um poder, um encantamento,

Que sobe para nutrir o destino,

entregando o sagrado alimento,

A soar como melodioso hino.

O conto é a penúltima pista,

antes da bem-aventurança total,

é o milagre da fusão da vista,

um relance completo final.

É a ação meditativa,

que descansa profunda,

na base do fogo da vida,

de onde a sabedoria oriunda.

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