Seu Alfredo a revirar as latas das emoções contidas numa esquina

Viver é uma mão a tecer Um fio dourado num tear Contínuo cometa a esquecer Para cada vez mais lembrar   Seu Alfredo a esquadrinhar às arestas da multitude Uma mina que jorra o tesouro úmido ancestral A distribuir às máscaras à carente juventude Apenas outro homem que só não quer ser igual   Ancião... Continuar Lendo →

Brevíssima Ode a Sebastião Salgado

Se os olhos de Sebastião piscaram diante das carências e sucessos, das vivências e dos excessos? Com certeza visitaram o celeiro das contradições a brotar do peito e que, tecnicamente capturadas, eternizam-se (estátua de mármore encarnada).  Sua obra coleciona várias das rasuras no grande texto da História do Século XX, porém defende com todo o custo uma fagulha de... Continuar Lendo →

Há certa prosperidade por aqui

Nesse canteiro híbrido de terra e ar é possível sentir a aura viva a cantar Um soneto desce querendo entreter letras chorosas tentando condizer As mágoas não ultrapassam essa montanha fria aqui, nesse lago fundo, há um lampejo de alegria O gênio ronda, a paz impera bem no centro da atmosfera De tardinha tornamo-nos águia... Continuar Lendo →

O tempo: essa ponte frágil

A criança a brincar índio pelado ao luar encarando o efêmero: esse sublime tempero Um sorriso e um semblante, farol dos olhos, um mirante, horizonte bronzeado a indicar a insônia do devir a embalar Berço imemorial das personalidades grandeza por detrás de cada vaidade arquétipo único e sabor diferente a semear cada qual um continente E as... Continuar Lendo →

Chora, minha retroescavadeira em obras

O escritor esforçava-se para arrancar sentidos cruciais de uma mera folha em branco. Farfalhavam as quaresmeiras entoando cantigas de seitas desconhecidas. Relembrava dos indígenas ancestrais que ali viveram, venceram e pereceram. O amor desde cedo fazia sua função básica de entorpecer cada gotícula das sensações humanas. Invadido pelos rituais de outrora, podia comunicar-se com a energia... Continuar Lendo →

À Chama Do Agora

Quando a infância corria alegre, à toa, A poucas ruas distavam nossas canoas A trilharem o cristal do mar espelhado Esse mar agreste que fomos lançados. Depois te revi...na fronte branca Beleza da pérola à alma franca Detém o toque mais sutil Ardente presente juvenil. Arremessei minha alma no espaço sideral Por ti sonhei, noite celeste... Continuar Lendo →

Aqui há um poço artesiano com dentes afiados

Exorcizar o fracasso acumulado Vomitar a fel desse céu fustigado Reconhecer o nada a embalar esta cantiga A maldade absurda a enublar toda a vida. Fazer do ócio a profissão perante o ódio de plantão O fruto podre na compota há tanto doce que enoja. Alcançar metas ridículas a longo prazo Ser a seta, horizonte, do próprio ocaso... Continuar Lendo →

A mitologia de um pipeiro

          Havia uma guerra generalizada no céu de onde eu vim. Os meses de julho e os finais de ano - meses em que a escola formal abria alas para a Universidade das ruas - agitavam seus ventos para o desfile da criançada olhando para cima. A vareta, a linha, o... Continuar Lendo →

O carnaval do instante, este carro abre-alas.

Os sonhos de verão a colorir nossa visão a harmonia do dia em constante vigília.   A noite a percorrer, amor sem se conter, os horizontes encantados de teus olhos delicados.   Nesse reino onde o riso é a senha do paraíso, façamos os esconderijos de nossos beijos incontidos.   E na aurora sempre prometida... Continuar Lendo →

Que é sim, não é não.

Ler a Ilíada daqui do Brasil remonta um antigo ardil em Ílion, longínquo litoral e o vir-a-ser hodierno marcial. A Guerra era modesta nobreza, aretê, disputa hoje há só filhos da puta debatendo-se por moedas. Quão grande é meu gigante Verde-louro e Azulado? Onde estão a paz do futuro e a glória do passado? Pois que não chega, entre... Continuar Lendo →

Saudação a “Seu” Mário Biava

Apenas muito raramente os personagens da literatura podem ser equiparados em saber, profundidade de análise e capacidade de amar. Emergir da Divina Comédia do cotidiano com uma fagulha de sapiência, a precisão do cálculo e a imensa moralidade de ser condigno a todos, são dádivas dos mártires, líderes espirituais e xamãs dos quatro cantos do mundo.... Continuar Lendo →

O Louco e o Profeta são da mesma estirpe

-Vixe, você nem peidou ainda mas já sinto, como fede! (a escatologia é sempre saudável para iniciar conversas pautadas pelo riso) - Ah muleque, que anda fazendo por aí, metido em escrever sei lá o que, com essa letra horrível? (Devolver patadas é praxe corriqueira, inscrita no coração de cada um com as farpas de mil cactos.)... Continuar Lendo →

O Rodopio Desconsertado da Minha Alma

Inflama, queima minha Alma que hei de te cantar. Aqui, religando os Hermetismos e Ocultismos, reatando o horizonte nu de tudo! Aqui, Nós, América, Sul, Centro Norte Leste e Oeste. Nós da linha de frente amando os sprays de pimenta. Nós que queimamos o incenso só para que ele cheire. A roupagem tem que cair... Continuar Lendo →

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