Viver é uma mão a tecer Um fio dourado num tear Contínuo cometa a esquecer Para cada vez mais lembrar Seu Alfredo a esquadrinhar às arestas da multitude Uma mina que jorra o tesouro úmido ancestral A distribuir às máscaras à carente juventude Apenas outro homem que só não quer ser igual Ancião... Continuar Lendo →
Nas crateras da mineração de Seu Alfredo revelam-se mundos oníricos
Com mais ou menos quinze anos, Seu Alfredo, ao percorrer os túneis esburacados da montanha desmoronada de si mesmo, descobriu um lugar festivo, de fauna e flora completamente peculiares. Sempre que a dureza da materialidade das coisas, ou a inconstância contida no olhar cansado de alguém lhe constrangia, Seu Alfredo voltava-se sorrateiro para esse Jardim... Continuar Lendo →
Dia de Pescaria de Seu Alfredo ou A plateia de Tilápias
Amarrava às tralhas na Belina 75 e pensava - "fundar os nexos para os que ouvem; entreter uma plateia com uma fatia risonha do meu tempo." Engarrafado no fluxo de cores, cheiros e movimentos, Seu Alfredo desviava do trânsito que ora parecia constituído de carros, ora de cápsulas de energias radiantes, prisma incontido de luz matinal.... Continuar Lendo →
Opereta a Seu Alfredo Diviaggi ou o Despertar do Aquífero Guarani
Seu Alfredo sempre dizia que escrever é: "a grafia do ser, enfiada goela abaixo da vida". Arquitetava cada parágrafo da sua profissão com ousadia e uma caótica organização. Gostava, e, principalmente, era pago, para escrever em revistas e jornais, material suficiente para a produção de um livro a cada seis meses. ... Continuar Lendo →
A mitologia de um pipeiro
Havia uma guerra generalizada no céu de onde eu vim. Os meses de julho e os finais de ano - meses em que a escola formal abria alas para a Universidade das ruas - agitavam seus ventos para o desfile da criançada olhando para cima. A vareta, a linha, o... Continuar Lendo →