O que se segue é uma lista de títulos, nomes e termos que aparecem no prefácio, no sutra ou nas notas. Todos os termos em Sânscrito foram romanizados, mas sem suas marcas diacríticas usuais. Para a romanização do Chinês, utilizei o sistema tradicional Wade-Giles e adicionei a pronúncia moderna Pinyin após a barra. Em sua maioria, os caracteres chineses refletem os usos que aparecem na tradução de Gunabhadra.
abhidharma – Sânscrito para “darmas superiores” ou “estudo dos darmas,” isso refere-se às matrizes do darmas utilizadas por várias escolas do Budismo para o estudo da mente. É como uma tabela periódica da mente.
adhishthana – Refere-se aos poderes utilizados pelos tatagatas para suportar as práticas espirituais dos outros.
ajudas à iluminação – O Sânscrito é bodhi-angani. Existem sete: percepção do que é verdadeiro, percepção do que é falso, zelo, alegria, transcendência, lembrança e renúncia.
alaya-vijnana – Veja consciência repositório.
anagamin – O terceiro dos quatro frutos do caminho Hinayana. Refere-se aos praticantes shravaka que não renascem no reino do desejo (como humanos, por exemplo) mas entre os deuses no mais alto paraíso do reino da forma.
Ananda – O primo de Shakyamuni Buda e o monge cuja memória infalível formou a base dos sutras que abrangem o Cânon Budista.
Angulimaliya Sutra – Um texto Mahayana que foca no tatagata-garbha. Ele foi traduzido para o Chinês por Gunabhadra.
apsaras – Seres celestiais conhecidos por sua beleza e graça e também por suas habilidades como dançarinos.
arhat – O quarto dos quatro frutos do caminho Hinayana. Refere-se àqueles shravakas que estão livres do renascimento e que alcançam o nirvana no final dessa vida.
Aryadeva (ativo em 200-250 d.C.) – Nascido na ilha de Lanka, tornou-se o mais proeminente discípulo de Nagarjuna e um expositor dos ensinamentos Madhyamaka.
Ashoka (304-232 a.C.) – O governante que uniu a maior parte da Índia durante seu reinado. Após sua conversão ao Budismo ele foi responsável por enviar missionários para locais tais como a ilha de Lanka e por difundir a religião por todo o subcontinente.
ashraya-paravrtti – A anulação ou transformação das fundações de alguém, que ocorre como um resultado da liberdade das projeções que acompanham o oitavo estágio do caminho do bodisatva.
asuras – Deuses que foram expulsos dos paraísos sobre o Monte Sumeru que agora fazem guerra contra outros deuses. Eles constituem um dos seis reinos possíveis o qual uma pessoa pode renascer.
autocontrole do não-surgimento – O Sânscrito é anutpattika-dharma-kshanti. O alcançar dessa realização – que nada surgiu, surge ou surgirá – marca o oitavo estágio do caminho do bodisatva.
auto-existência – O Sânscrito é sva-bhava. A existência de alguma coisa por si só e sem depender de nada mais.
auto-realização do conhecimento do buda – O Sânscrito é sva-pratyatma-arya-jnana. A experiência pessoal do que os budas sabem.
Avici – Sânscrito para “ininterrupto” ou “implacável”. Esse é o nome do inferno onde não há trégua em relação ao sofrimento. Também é o mais quente de todos os infernos.
ayatanas – Essas incluem os cinco poderes da sensação, os cinco domínios da sensação juntamente com o sexto poder da mente e seu domínio correspondente do pensamento.
bhagavan – Um dos dez títulos de todo buda. Significa “aquele que concede prosperidade.”
bhumi – Sânscrito para “estágio,” como nos estágios de um caminho.
bhutakoti – Esse termo Sânscrito significa “limite da realidade” ou “fronteira da realidade.” No Lanka, refere-se ao transcender da dialética do samsara e nirvana. Normalmente o traduzi como “realidade última.”
bodisatva – Aqueles que seguem o caminho da liberação e que prometem liberar todos os seres. O modelo do Budismo Mahayana, como oposto aos shravakas e pratyeka-budas do Budismo Hinayana, com seus focos em seus próprios nirvanas.
Bodhiruchi – Monge indiano que traduziu o Lankavatara em 513.
Brama – O criador do universo cujos paraísos compõem a parte inferior do reino da forma.
Brâmane – Membro da classe sacerdotal na Índia antiga.
cakravartin – Sânscrito para “rei que gira a roda.” Isso refere-se àqueles cujos méritos acumulados resultam em um nascimento no qual eles têm a opção de tornarem-se um buda ou um governante mundial.
caminho de dez estágios da linhagem dos sábios – Essa é uma concepção de linhagens espirituais encontrada na literatura Prajnaparamita. Começa com o estágio da “sabedoria seca” e termina com os estágios “pratyeka-buda,” “bodisatva” e “buda.”
caminho do bodisatva – Inicialmente concebido como um caminho de sete estágios que indicavam a sequência das conquistas realizadas por aqueles que seguiam os ensinamentos Budistas. Conforme o Mahayana desenvolveu-se, três estágios foram adicionados, e são estes o foco do Lankavatara.
Cânon Budista – O Sânscrito é tripitaka. A versão Mahayana é usualmente descrita como contendo doze divisões. A classificação em nove divisões mencionada no Lanka inclui os sermões do Buda (sutras), peças métricas (geyas), profecias (vyakaranas), poemas (gathas), declarações improvisadas (udanas), narrativas (ityuktas), histórias das vidas anteriores do Buda (jatakas), sutras expandidos (vaipulyas), e milagres (adbhuta-darmas). Ela exclui as condições causais (nidanas), as parábolas (avadanas) e os tratados (upadeshas) da versão de doze divisões.
características individuais e compartilhadas – O Sânscrito é svasamanya-lakshana. Termos usados para identificar os elementos da realidade através do contraste ou da combinação, como algo possuído por uma entidade ou algo compartilhado por uma classe de entidades. Tais termos existiam aparentemente em resposta aos usos Vaiseshika similares dos termos: samanya (geral), vishesha (específico).
Casa de Pedra (1272-1352) – Monge-poeta Zen recluso da China.
cessação da sensação e percepção – O Sânscrito é samjna-vedita-nirodha-samapatti. Essa meditação é realizada no reino da forma assim como no reino sem forma e é considerada a mais alta ou mais sublime dos nove níveis de estados meditativos cultivados nesses reinos.
cessação não-analítica – O Sânscrito é apratisamkhya-nirodha. Esse é um dos dois tipo de cessação do pensamento reconhecidos pelos Sarvastivadins e um dos seis darmas não-criados dos Yogacaras.
Chienkang/Jiankang – O nome antigo da cidade de Nanching/Nanjing.
Ching-chueh/Jingjue (683-750) – Autor do Leng-ch’ieh-shih-tzu-chi, que lista os primeiros patriarcas do Zen começando com Gunabhadra até incluir seu próprio professor, Shen-hsiu.
Chos-grub (ativo em 840) – Monge tibetano que viveu em Tunhuang e outros oásis no Corredor Kansu e que traduziu a tradução de Gunabhadra em Chinês do Lankavatara para o Tibetano.
Chuang-tzu/Zhuangzi (369-286 a.C.) – Autor do texto Taoísta alegórico que contém seu nome.
cinco darmas – O Sânscrito é panca-darma. Esse é um dos conceitos principais usados nesse sutra para explicar como percebemos erroneamente a realidade e como corrigimos tais percepções errôneas. Incluem a aparência, nome, projeção (discriminação em Suzuki), conhecimento correto e talidade.
cinco destinos – O Sânscrito é panca-gati. Esses incluem renascimento entre deuses, humanos, animais, espíritos famintos e os habitantes de vários infernos. O renascimento entre os asuras (deuses que fazem guerra contra outros deuses) é, às vezes, adicionado a esses cinco, tornando seis destinos.
cinco poderes superiores – O Sânscrito é panca-abhijna. Esses incluem a visão distante, audição distante, telepatia, conhecimento das vidas passadas e transporte corporal ou projeção. A esses é adicionado às vezes um sexto poder: o conhecimento que coloca um fim à aflição.
citta – Esse termo refere-se à mente em geral, mas no Lanka ele frequentemente refere-se à oitava consciência, ou consciência repositório.
combinação tripla – Usualmente refere-se a um poder sensorial, um domínio sensorial e a forma da consciência sensorial que surgem quando esses encontram-se.
conhecimento de buda – O Sânscrito é arya-jnana, arya refere-se aos “nobres” e jnana significa “conhecimento”. O que os budas sabem.
consciência repositório – O Sânscrito é alaya-vijnana. Esta é concebida como o receptáculo que contém quaisquer resquícios das nossas projeções, sejam elas pensamentos, palavras ou feitos. Assim, também é concebida como um canteiro de onde as nossas projeções subsequentes surgem. Em seu estado indiferenciado, ela é conhecida como tatagata-garbha, ou ventre dos budas.
corpo de projeção – O Sânscrito é mano-maya-kaya. Refere-se a qualquer um dos três corpos que são projetados à vontade durante o samádi.
corpo do darma – O Sânscrito é dharma-kaya. O corpo real de todo buda. Ele não tem atributos, mas também não tem não-atributos. Porque ele não tem atributos, às vezes é comparado ao oceano. E porque não tem não-atributos, é comparado às ondas do oceano.
Cume do Diamante – O topo do Monte Sumeru. Entretanto, de acordo com uma lenda, um grande vento certa vez destruiu o cume, que caiu no mar e formou a ilha de Lanka.
darma/Darma – Termo Sânscrito para qualquer coisa pensada como real, seja uma coisa ou uma ideia, ensinamento ou a própria realidade. O termo é utilizado com letra maiúscula quando refere-se à doutrina sem palavras na qual o Budismo e, portanto, o ensinamento de todos os budas é baseado, como quando consiste em um dos três tesouros: o Buda, o Darma e a Sanga.
Darmakshema (morto em 433) – Um monge indiano que fez a primeira tradução do Lankavatara para o Chinês. Essa tradução, entretanto, foi subsequentemente perdida.
darmata buda – Uma concepção exclusiva do Lanka, esse buda estabiliza a realidade dependente da realização pessoal, enquanto o nishyanda buda revela a realidade imaginária conjurada pela mente, e o buda nirmita-nirmana ensina a realidade perfeita da prática espiritual.
deleite em qualquer coisa que esteja presente – O Sânscrito é drishta-dharma-sukha.
delusão – O Sânscrito é bhranti. Isso refere-se à percepção errônea da realidade. É um dos três venenos, os outros dois sendo o desejo e a raiva.
devas – Um termo Sânscrito usado para referir-se aos deuses ou deidades em geral e assim uma das cinco ou seis categorias de seres.
dez poderes – Existem diferentes listas para esses poderes, mas típica é aquela que inclui um conhecimento ou maestria do certo e errado, carma, meditação, sentidos, desejos, naturezas, direções, vidas passadas, visão divina e não-paixão.
dez samádis – Esses incluem a luz universal, luz sutil, viajar para todas as terras búdicas, purificação da mente, conhecimento do passado, luz da sabedoria, conhecimento dos adornos, diferenciação dos seres, o Reino do Darma e ensinamento desimpedido.
dez votos inexauríveis – Almejando liberar todo os seres, começam com: “Se os seres são inexauríveis, o meu voto é inexaurível.” O mesmo voto é aplicado aos mundos, espaço, o reino da realidade, nirvana, a aparição dos budas, o conhecimento do tatagata, os objetos da mente, os reinos onde o conhecimento do buda adentrou e o conhecimento que gira a roda do darma.
dharani – Um encantamento com potência espiritual com ou sem significado. Utilizado como sinônimo de mantra.
dhatus – Os seis poderes sensoriais, os seis reinos sensoriais e as seis formas de consciência que surgem de suas conjunções.
dois tipos de aflição – Incluem os sentidos e o que surge a partir deles. É com base nisso que o apego aos dois tipos de ego existe.
dois tipos de mortes – Inclui a morte cármica e a morte de transformação, esta última sendo tão sutil que quase não é notada.
dois tipos de não-ego – A ausência de um ego nas pessoas ou seres e a ausência de ego nos darmas ou coisas.
doze nidanas – Os elos que formam a cadeia da originação dependente que começa com ignorância, memória, consciência, nome e forma, órgãos do sentido e contato e termina com a sensação, sede, existência, nascimento, velhice e morte.
duas obstruções – Paixão e conhecimento. A paixão é a causa da morte cármica. Conhecimento é a causa da morte de transformação.
Edgerton, Franklin (1885-1963) – Seu Buddhist Hybrid Sanskrit Dictionary, originalmente publicado pela Universidade de Yale em 1953, permanece uma ferramenta essencial para os usos do Sânscrito nos primeiros textos Mahayanas.
elementos da consciência – O Sânscrito é bodhi-paksha. Existem trinta e sete, sete dos quais são as “ajudas à iluminação.”
energia-hábito – O Sânscrito é vasana. Esse é outro nome para carma, mas carma concebido em termos de como ele funciona no reino da consciência.
estágio da boa sabedoria – O Sânscrito é sadhumati-bhumi. Este é o nono estágio do caminho do bodisatva.
estágio da nuvem de darma – O Sânscrito é dharma-megha-bhumi. Esse é o nome do décimo e estágio final do caminho do bodisatva. Nesse sutra, ele também é referido como o “estágio do tatagata.”
estágio inabalável – O Sânscrito é acala-bhumi. Referindo-se ao oitavo estágio do caminho do bodisatva, é o estágio em que uma pessoa não pode ser perturbada.
estágio tatagata – O Sânscrito é tathagata-bhumi. Esse é outro nome para o décimo e estágio final do caminho do bodisatva.
Fa-tsang/Facang (643-712) – Monge sogdiano que participou de vários projetos de tradução e que também é conhecido por suas exposições sobre o Budismo Huayen, o qual ele foi um patriarca fundador.
forma – O Sânscrito é rupa. Esse é um dos cinco skandhas e consiste da projeção de um mundo externo.
Fu-li/Fuli (ativo em 700) – Monge chinês que, juntamente com Fa-tsang, fez o polimento final no esboço da tradução do Lankavatara de Shikshananda.
gandharvas – O equivalente masculino das apsaras, guardiões do soma, uma mistura alucinógena usada pelos sacerdotes. Eles também são habilidosos músicos que vivem no céu. Por isso referir-se às suas moradas nas nuvens é equivalente a referir-se a uma ilusão.
Ganges – O rio em cuja bacia hidrográfica a civilização Indiana e o Budismo desenvolveram-se.
garantias – Essas são dadas aos bodisatvas que alcançaram o estágio sem retorno e que estão destinados a tornarem-se budas.
Gunabhadra (morto em 468) – Monge da Índia Central que traduziu o Lankavatara para o Chinês em 443.
gunas – Essas eram consideradas as forças ou blocos de construção da realidade pelos Vaiseshikas e incluem rajas (criação), sattva (estase), tamas (destruição). Traduzi o termo como “tendências,” mas “qualidades” também é comum.
Hastikakshya Sutra – Um texto Mahayana traduzido pela primeira vez para o Chinês por volta de 300 d.C. por Darmaraksha e, novamente (com o mesmo título), por volta de 430 d.C. por Darmamitra.
Hinayana - Um termo inventado pelos Budistas Mahayanas para criticar aqueles cujas práticas espirituais eles consideravam muito autocentradas. No Lanka, estes incluem os shravakas e pratyeka-budas.
Hsuan-tsang/Xuancang (602-664) – Monge chinês famoso por suas viagens a Índia e suas traduções dos textos que trazia consigo. Também foi um dos monges responsáveis por introduzir o Budismo Yogacara aos seus conterrâneos.
Hsukaosengchuan/Xugaosengzhuan – Compilado por Tao-hsuan, esse texto inclui quase quinhentas biografias de monges Budistas ativos na China entre 502 e 645.
Hsutsangching/Xucangjing – Suplemento ao Tripitaka. Publicado no Japão em 1915, consiste de 150 volumes contendo milhares de textos Budistas não inclusos no corpo principal do Tripitaka (Cânon Budista).
Hui-k’o/Huike (487-593) – Discípulo de Bodidarma e o Segundo Patriarca do Zen na China.
Hui-neng/Huineng (638-713) – O Sexto Patriarca do Zen chinês. Os seus ensinamentos estão registrados no Sutra da Plataforma.
Hung-jen/Hongren (601-675) – O Quinto Patriarca do Zen na China. Um dos primeiros mestres que utilizou o Sutra do Diamante em seu ensinamento.
icchantikas – Seres que estão tão imersos no prazer que são incapazes de entender o Darma. Por isso, se eles têm ou não a habilidade de tornarem-se budas tem sido há muito uma questão discutível entre os Budistas.
iluminação perfeita, insuperável – O Sânscrito é anuttara-samyak-sambodhi. Os qualificantes “insuperável” e “perfeito” foram adicionados para distinguir a iluminação de um buda da iluminação reivindicada por outras seitas ou pelos shravakas ou pratyeka-budas.
ignorância fundamental – O Sânscrito é avidya-vasa. A ignorância original a partir da qual todas as outras formas de ignorância surgem. Refere-se à ignorância da realidade e é usualmente mencionada em conjunto com os quatro estados de aflição para formar cinco estados de aflição.
igualdade, diferença, ambas, nenhuma delas – O tetralema ou lista de todos os resultados possíveis.
Indra (conhecido por Shakra) – O criador do mundo cujo palácio inclui uma rede de joias, cada uma delas refletindo todas as outras joias.
inferno das lamentações – Este é um dos oito infernos quentes. O Sânscrito é raurava, significando “lamentar” ou “gritar”.
início último – O Sânscrito é purvakoti. No Lankavatara isso refere-se à transcendência da dialética representada por samsara e nirvana. Na linguagem Zen, a face de alguém antes dessa pessoa nascer.
kalpa – Período de tempo entre a criação e a destruição de um mundo ou universo. Assim, existem kalpas de durações variadas e kalpas dentro de kalpas.
Kashyapa (ativo em 400 a.C.) – Também conhecido como Uruvilva Kashyapa ou Mahakashyapa, ele foi o mais velho dos três irmãos Kashyapa e um dos primeiros discípulos do Buda. Ele também foi o Primeiro Patriarca do Zen Indiano.
Khotan – Um oásis da Rota da Seda entre a borda sul do Deserto Taklamakan e as Montanhas Kunlun. Juntamente com Kucha e Turfan no outro lado de Taklamakan, foi o maior centro do Budismo durante o primeiro milênio onde agora é a província chinesa de Hsinchiang/Xianjiang.
Kokan, Shiren (1278-1346) – Monge-erudito japonês cujas divisões do Lankavatara em seções (em seu Butsugoshinron) formou a base das divisões de Suzuki.
kshana – O mais breve período de tempo imaginável.
Kutsang/Gucang – Antigo nome para a capital de vários reinos no Corredor Kansu do Noroeste da China. A cidade moderna de Wuwei.
Lanka – A ilha no Oceano Índico que serve como pano de fundo para esse sutra. Antigo Ceilão, é conhecida agora como Sri Lanka, ou Lanka Sagrada.
Lankavatara Sutra – O sutra em que o Buda aponta diretamente para a mente.
Leng-ch’ieh-shih-tz’i-chi/Lengchiehshiziji – Um relato dos primeiros patriarcas do Zen escrito por Ching-chueh, no qual ele lista Gunabadra como o Primeiro Patriarca e Shen-hsiu como o Sexto.
Liang do Norte – Estado dinástico que controlou várias partes do Corredor Kansu entre 397-439.
Linchi/Linji (conhecido como Rinzai) – Nome de uma linhagem Zen que reconhece Linchi (morto em 866) como seu fundador.
Liu Sung/Liu Song – Nome de um estado dinástico que controlou todo o Sul da China entre 420 e 479 a partir da sua capital em Chienkang.
Lokayatast – O nome da seita ou movimento hindu cujos membros defendiam a visão que o mundo é composto por nada além dos quatro elementos de solidez (terra), umidade (água), calor (fogo) e movimento (vento). Por isso, são usualmente referidos como materialistas.
Loyang/Luoyang – Capital de várias dinastias próxima da confluência dos rios Lo e Amarelo na província chinesa de Honan.
Luz do Samádi Mahayana – Um samádi marcado pela vacuidade, não-forma e não-intenção.
maestrias – O Sânscrito é bala. Usualmente cinco desses são listados: fé, esforço, atenção plena, meditação e sabedoria.
Madhyamaka – O ensinamento Budista sistematizado pela primeira vez por Nagarjuna e creditado por inspirar a revolução Mahayana ao apontar o Caminho do Meio entre o eternalismo e o niilismo através do seu ensinamento da vacuidade da auto-existência.
Mahamati – O bodisatva que é o interlocutor desse sutra.
Mahamegha Sutra – Esse texto Mahayana foi traduzido em 417 d.C. por Darmakshema, o mesmo monge cuja primeira tradução do Lankavatara foi perdida.
Mahayana – Ensinamentos Budistas que focam na transformação da mente e que visam a liberação de todos os seres. Depois de se desenvolver perto do final do primeiro milênio a.C. na Índia, essa série de ensinamentos espalhou-se através de toda a Ásia do Leste e inclui o Zen, Terra Pura, Tientai, escolas do Preceito e Huayen, entre outras.
Mahinda (ativo em 230 a.C.) – Filho do Rei Ashoka e o monge que é atribuída a introdução do Budismo na ilha de Lanka.
manas – Vontade ou autoconsciência. No esquema das oito formas de consciência, é conhecida como a sétima forma.
mano-vijnana – Consciência conceitual. É a sexta forma da consciência e reifica as cinco formas de consciência baseadas no sensorial em constructos conceituais.
mantra – Uma encantação com potência espiritual composta de uma série de sílabas que não fazem necessariamente sentido de uma perspectiva linguística. É sinônimo de dharani.
mara – Demônios que obstruem a compreensão do Darma dos outros seres ou que causam caos, doença e morte no mundo. Mara também é o nome de um demônio que tentou distrair Shakyamuni na noite da sua Iluminação.
materialista – O Sânscrito é lokayata ou lokayatika. Esse termo incluía todos aqueles cuja abordagem do conhecimento estava baseada nos cinco sentidos.
Meghavarna (ativo em 350 d.C.) – Governante de Lanka quando esse sutra foi escrito.
meios hábeis – O Sânscrito é upaya. É visto como equivalente da compaixão: usar quaisquer meios que são apropriados para ajudar os outros. Também é listado como a sétima paramita, ou perfeição.
mente e o que pertence à mente – O Sânscrito é citta-caitta-kalapa. Refere-se à mente em geral e todos os seus estados possíveis, funções e atributos.
Mi-t’uo-shan (ativo em 700 d.C) – Monge tokharin que refinou o rascunho da tradução de Shikshananda do Lankavatara. O seu nome chinês era Chi-yu.
Monastério Chihuan/Qihuan – Monastério próximo a Nanching onde Gunabhadra traduziu o Lankavatara em 443.
Monastério Haiming – Monastério Budista nas colinas ao sul de Taipei.
Monastério Shaolin – Monastério Budista aos pés do Pico Menor do Monte Sungshan, perto de Loyang.
Monastério Yungning/Yongning – Maior monastério Budista de Loyang durante a dinastia de Wei do Norte e casa de vários milhares de monges estrangeiros.
Montanha Fria (ativo em 780) – Um poeta-ermitão anônimo que viveu próximo das Montanhas Tientai na província Chekiang.
Montanhas do Anel de Ferro – Essas montanhas circundavam os oceanos que circundavam o mundo.
Monte Kailash – Um pico sagrado nos Himalayas e um centro de peregrinação.
Monte Malaya – Montanha na ilha de Lanka que provê o cenário para o Lankavatara Sutra.
Monte Sumeru – Também conhecido como Monte Meru, este pico ocupa o centro do universo Budista.
mortes cármicas – Refere-se à morte e o renascimento subsequente de acordo com o próprio carma.
mortes transformações imperceptíveis – O Sânscrito é acintya-parinati-cyuti. Morte e renascimento tão sutis que quase não são percebidos.
Nagarjuna (ativo em 175-200 d.C.) – Monge-filósofo indiano que lançou as bases da fundação da escola Madhyamaka do Budismo Mahayana através do seu ensinamento do Prajnaparamita (Perfeição da Sabedoria) baseado na vacuidade da auto-existência de todas as coisas.
Nan Huai-chin/Nan Huaijin (1918-) – Professor Zen Budista e praticamente leigo cujos livros foram influentes na renovação do interesse na prática espiritual em Taiwan, Hong Kong e China.
Nanhai – Antigo nome do porto marítimo de Kuangchou (Cantão).
Nanjio, Bunyiu (1849-1927) – Estudioso Budista japonês responsável pela revisão do texto Sânscrito do Lankavatara utilizado por D.T. Suzuki para a sua tradução.
não-darma – O Sânscrito é adharma. Esse termo é usado no Capítulo Um para referir-se aos seres imaginários. Nomes sem realidade correspondente.
não-projeção – O Sânscrito é nirabhasa, que significa “nenhuma falsa aparência” mas também “fora do alcance.” Usualmente, o primeiro significado foi enfatizado pelos tradutores, que tenderam a interpretá-lo como “sem imagens.” Entretanto, a imagem ou falsa aparência, como entendida no Lanka, é uma projeção autogerada e não algo externo.
nirmana-kaya – O corpo de aparição manifestado por um buda para ser utilizado para ensinar os outros.
nirmita-nirmana buda – Esse termo, aparentemente exclusivo do Lankavatara, refere-se a um buda que ensina o Darma. Uma aparição ou encarnação de um buda. Budistas posteriores estabeleceram o termo nirmana-kaya.
nirodha – Extinção ou cessação. É usada no Lanka para descrever um ou dois tipos de cessação do pensamento.
nirvana – O objetivo dos primeiros Budistas, descrita de várias maneiras, mas sempre de uma forma que inclui a cessação do sofrimento e de possíveis renascimentos.
Nirvana Sutra – Uma importante escritura do Budismo Mahayana composta em estágios entre os Séc. II e III, inclui as primeiras aparições de conceitos tais como tatagata-garbha e natureza búdica.
nishyanda buda – Esse termo, também exclusivo do Lankavatara, refere-se àqueles budas criados pelo dharmata buda que irradiam luz e mundos perfeitos nos quais os seres habitam e que levam os praticantes para o Paraíso Akanishtha. Similar ao que será posteriormente chamado de sambhoga-kaya de um buda, ou corpo de recompensa.
Nobre Caminho Óctuplo – Essa foi uma das primeiras formulações do ensinamento do Buda: visão correta, intenção correta, ação correta, meio de vida correto, devoção correta, pensamento correto e meditação correta.
Nuvem Vazia (1840-1959) – Hsu-yun/Xuyun. O mais famoso mestre Zen do Séc. XX da China.
Nyaya – Esse termo refere-se aos lógicos em geral, mas especialmente àqueles que pertenciam à escola desse nome que desenvolveu-se com base em um conjunto de textos escritos no Séc. II.
oito formas de consciência – O Sânscrito é ashta-vijnana. Essa concepção da mente inclui as cinco formas da consciência sensorial, a sexta forma que reifica a consciência sensorial em conceitos, uma sétima forma para a autoidentidade e o raciocínio, e uma oitava forma para armazenar e distribuir as sementes deixadas para trás pela energia-hábito a partir das operações das sextas e sétimas formas.
originação dependente – O Sânscrito é pratitya-samutpada. O entendimento que uma coisa é dependente da outra e, por isso, não existe por si mesma forma a base do ensinamento que todos os darmas são, portanto, vazios de auto-existência. Foi o entendimento da cadeia da originação dependente (ignorância, memória, consciência e assim por diante até apreensão, existência, nascimento, velhice e morte) que levou à Iluminação de Shakyamuni.
os cinco skandhas – Essa foi uma das primeiras matrizes de abhidharmas desenvolvidas com o propósito da meditação e inclui forma, sensação, percepção, memória e consciência.
Paraíso Akanishtha – O mais alto céu no reino da forma e onde a iluminação ocorre.
Paraíso Tushita – Este paraíso no reino do desejo acima do Monte Sumeru é onde os bodisatvas renascem antes dos seus renascimentos finais durante os quais eles alcançam à budidade.
Paramartha (499-569) – Um monge indiano que traduziu vários textos Yogacara e cujas interpretações de seus significados eram opostas àquelas de Hsuan-tsang.
paramitas – Referindo-se às seis paramitas, ou os meios até a outra margem, que incluem a caridade, moralidade, indulgência, vigor, meditação e sabedoria, as quais meios hábeis, votos, força e conhecimento foram adicionados depois para formar dez.
percepções de uma própria mente – O Sânscrito é sva-citta-drshya. Uma expressão que ocorre repetidamente ao longo do Lanka para apontar para qualquer coisa que vemos como um produto da nossa própria mente e que as categorias de tal percepção são autogeradas.
Pingcheng – Antiga cidade de Tatung/Datong no Norte da China.
portal triplo da liberação – O portal da vacuidade, da não-forma, da não-intenção (ou não-esforço) que leva à budidade.
prajna – Sânscrito para “sabedoria.”
Prajnaparamita – Esse é o nome para o ensinamento da vacuidade a partir do qual o Budismo Mahayana surgiu. O nome significa “sabedoria transcendente” ou “a sabedoria que leva à outra margem.”
prajnapti-matra – Esse é o conceito que a Yogacara gira em torno, que qualquer coisa que podemos dizer que existe, existe apenas como uma convenção verbal ou uma designação. O que é real não pode ser designado ou indicado, porque incluiria o dedo e aquele que está apontando.
pratyatma-gati – Realização pessoal ou autorrealização.
pratyeka-budas – Uma das duas categorias de Budistas Hinayanas. Devotados à autoliberação e a realização do nirvana como opostos à liberação dos outros e a realização da iluminação, que caracterizam o Budismo Mahayana.
pretas – Fantasmas famintos. Uma das cinco ou seis categorias de renascimento.
projeção – Essa é a minha tradução de wang-hsiang (falsa concepção) de Gunabhadra, que é a tradução de termos Sânscritos tais como vikalpa, parikalpa, kalpana e assim por diante, todos derivados da raiz klp e que indicam a imaginação de algo que não está ali de fato.
Purusha – De acordo com os primeiros épicos indianos, o deus que criou o mundo a partir do seu corpo.
quarto paraíso dhyana – O quarto dos quatro paraísos dhyana no reino da não-forma. É caracterizado pelo não-pensamento ou sensação.
quatro elementos (materiais) – O Sânscrito é catur-(maha)-bhuta. Esses incluem a terra, água, fogo e vento. A esses às vezes adiciona-se bhautika para as formas elementais compostas por elementos.
quatro estados da aflição – Esses incluem visões, apegos ao desejo, apegos à forma e apegos à não-forma. Baseiam-se no quinto estado de aflição: a ignorância fundamental, que está separada do restante no Lanka, uma vez que é considerada responsável pela “transmigração.”
Quatro Guardiões – O Sânscrito é catur-lokapalas. Protetores do Darma, incluem: Dhrtarashtra (leste), Virudhaka (sul), Virupaksha (oeste) e Vaishravana (norte). Suas estátuas marcam a entrada da maioria dos monastérios Budistas no Leste Asiático.
quatro igualdades – Essas são formadas por quatro pares: características e não características, causas e resultados, sujeito e não sujeito, prática e praticante.
quatro meditações incomensuráveis – O Sânscrito é catvari-apramanani ou catvari-brahma-vihara. Essas são meditações no reino sem forma cujos praticantes fazem surgir sentimentos de amizade, compaixão, alegria e equanimidade infinitas.
Quatro Nobres Verdades – O Sânscrito é catvari arya-satyani. Um sumário inicial do ensinamento do Buda: sofrimento, a causa do sofrimento, a cessação do sofrimento e o caminho que leva à cessação do sofrimento, a saber, o Nobre Caminho Óctuplo.
quatro poderes desimpedidos do argumento e do julgamento – os quatro pratisamvid incluem poderes referentes ao sujeito, significado, expressão e eloquência.
quatro possibilidades – A sequência usada pelos lógicos para representar todos os resultados possíveis de qualquer evento: ou é x, ou y, ou ambos x e y, ou nem x nem y. O tetralema.
quatro tipos de conhecimento – O Sânscrito é catvari-jnanani. Esses são associados com as transformações da consciência. O conhecimento ganho das cinco formas da consciência sensorial é transformado em conhecimento da realização perfeita, o conhecimento ganho da consciência conceitual é transformado em conhecimento da observação perfeita, o conhecimento ganho da vontade é transformado em conhecimento da equanimidade perfeita e o conhecimento ganho da consciência repositório é transformado em conhecimento da reflexão perfeita.
quatro uniformidades – Essas caracterizam todos os budas, que compartilham as mesmas sílabas, vozes, ensinamentos e corpos.
Rainha Shrimala – Ela foi a filha do Rei Prasenajit e da Rainha Mallika de Kosala. Em um sutra com o seu nome, ela explica o tatagata-garbha como possuindo dois estados: vazio e não-vazio, puro ou impuro. Esse texto curto, mas influente, foi traduzido por Gunabhadra em 436.
rakshasas – Uma das tribos antigas da Índia. Frequentemente conectados com os yakshas, ambos são demonizados nos antigos épicos indianos.
Ravana – O rei de dez cabeças de Lanka. O seu nome significa “Aquele do Rugido Aterrorizante,” referindo aos seus gritos de agonia enquanto era preso sob uma montanha por Shiva. Ele ainda é insultado na Índia por seu sequestro da esposa de Rama.
realidade dependente – O Sânscrito é paratantra-svabhava. A realidade como uma matriz de interdependência, onde nada existe por si mesmo e onde, portanto, não existem coisas por si mesmas. A realidade dependente também é referida como pratitya-samutpada ou originação dependente. Na analogia da cobra-corda, a realidade dependente é a corda. Enquanto ela forma a base da percepção errônea, ela também é uma percepção errônea, pois é uma designação arbitrária sem auto-existência.
realidade imaginada – O Sânscrito é parikalpita-svabhava. Um dos três modos da realidade de acordo com o Budismo Yogacara e representa a rede de delusões lançada sobre a realidade dependente e interpretada como real. Na analogia da corda-cobra, a realidade imaginada é quando a corda é vista como cobra.
realidade perfeita – O Sânscrito é parinishpanna-svabhava. Um dos três modos da realidade, refere-se a ver o que realmente é. Também corresponde aos últimos dois dos cinco darmas, ou seja, o conhecimento correto da talidade. Na analogia da corda-cobra é ver tanto a cobra quanto a corda como interpretações (errôneas) da própria mente.
realização pessoal do conhecimento do buda – O Sânscrito é sva-pratyatma-arya-jnana.
realidade última – O Sânscrito é bhutakoti. No Lankavatara isso refere-se à transcendência da dialética representada por samsara e nirvana. Na linguagem Zen, tome uma xícara de chá.
reino do desejo – Um dos três reinos.
reino da forma – Um dos três reinos.
reino sem forma – O Sânscrito é arupya-dhatu. Um dos três reinos.
rei serpente – O Sânscrito é naga-raja. Na Índia antiga, como em outras civilizações ancestrais, as serpentes eram vistas como guardiãs do conhecimento. Várias deidades são identificadas com esse título na Índia.
rishis – Reclusos ou ascetas.
Sagara – Um dos oito reis serpentes da Índia antiga.
Sagathakam – Coleção de 884 versos curtos de quatro linhas de origem mista (208 deles também aparecem no Lanka) anexados ao final do Lankavatara já no Séc. VI.
sakrid-agamin – Uma das quatro frutas do caminho Hinayana, essa refere-se àqueles que renascerão mais uma vez como humanos no reino do desejo, depois disso alcançarão a liberação em um dos paraísos do reino da forma.
samádi – Outro nome para meditação, especialmente quando ela envolve a não-discriminação de sujeito e objeto.
Samádi da Cessação – O Sânscrito é nirodha-samapatti. Esse samádi no qual a sensibilidade e a percepção cessam é característico do sexto estágio do caminho do bodisatva. Os praticantes Hinayana interpretam isso como nirvana. Entretanto, os praticantes Mahayana veem-no como transitório.
Samádi do Ilusório – O Sânscrito é maya-upama-samadhi. Esse é o samádi no qual uma pessoa adquire um corpo ilusório, por isso o nome. Então o corpo ilusório que acompanha esse samádi é um dos três corpos de projeção.
samapatti – Outro nome para meditação, especialmente as meditações das quatro não-formas.
Samkhya – O nome de uma das seis seitas proeminentes hindu cujos membros acreditavam nas qualidades constitutivas ou tendências (gunas) da criação, estase e destruição que combinam-se para formar a realidade.
samsara – Nascimento e morte, a contraparte de nirvana.
Samudragupta (por volta de 335-375 d.C.) – Governante da Índia Central quando esse sutra foi escrito.
Samyuktagama – Coleção de sutras sobre tópicos de meditação dos Sarvastivadins. Foi traduzido para o Chinês por Gunabhadra.
Sandhinirmonacana Sutra – Um dos primeiros textos Yogacara que discute a natureza da consciência e as meditações por meio dos quais a iluminação é alcançada. Há uma tradução em Inglês cujo título é: Wisdom of the Buddha.
sanga – A comunidade espiritual Budista, tanto leiga quanto monástica, que pode ser ainda caracterizada pela forma dominante de prática: Zen, Terra Pura, Tântrica, Vipassana.
Sanmin Shuchu/Sanmin Shuju – Uma livraria em Taipei na Estrada Sul Chungching.
Sarvastivadins – Uma importante seita do Budismo Hinayana durante os primeiros séculos do primeiro milênio no Norte e no Noroeste da Índia. Os seus membros acreditavam em uma substância subjacente que sobrevivia à mudança.
seis samádis – Meditações com o objetivo de alcançar os seis poderes superiores.
Seng-ts’an (519-606) – O Terceiro Patriarca do Zen na China.
Shakra (conhecido como Indra) – Chefe entre os deuses.
Shakyamuni – Significando “Sábio entre os Shakyas,” os Shakyas sendo o clã que Buda nasceu.
Shen-hsiu/Shenxiu (606-706) – Discípulo de Hung-jen, o Quinto Patriarca do Zen, considerado pela Escola do Norte do Zen como o legítimo Sexto Patriarca.
Shikshananda (652-710) – Um monge khotanês que traduziu o Lankavatara Sutra entre 698 e 700 d.C. em Loyang.
shravakas – Uma das duas categorias de Budistas Hinayanas devotados à autoliberação e a realização do nirvana, como oposto à liberação de todos os seres e a realização da iluminação que caracterizam o Budismo Mahayana.
siddhanta – Refere-se às “provas espirituais” e em tais casos traduzi a palavra como “realizações.” Normalmente, siddhanta refere-se à conclusão estabelecida como o resultado de investigação ou lógica, mas nesse sutra indica a conclusão baseada no discernimento espiritual em vez de lógico.
silogismo de cinco partes – O Sânscrito é panca-avaya. Essa era uma forma de argumento que visava descobrir a verdade através da proposição, razão, exemplo, aplicação e conclusão.
skandhas – Estes referem-se aos constituintes que compõem o que é pensado como o indivíduo. Incluem a forma (externa), sensibilidade, percepção, memória e consciência (interna).
srota-apanna – A primeira das quatro categorias de realização Hinayana. Significa “alcançar o rio,” o rio da impermanência.
sugata – Outro epíteto dos budas, significa “o que partiu bem.”
sujeito e o que pertence ao sujeito – Outras escolas localizam o sujeito no skandha da consciência e o que pertence ao sujeito nos quatro skandhas remanescentes.
Sungshan/Songshan – A montanha central entre as cinco montanhas sagradas da China.
Suplemento ao Tripitaka – Compilação de textos Budistas completados em 1915 no Japão que inclui escrituras e comentários não contidos nas primeiras versões do Tripitaka.
Suzuki, Daisetz Teitaro – Estudioso japonês e tradutor de textos Budistas, especialmente os relacionados ao Zen. Sua tradução da versão em Sânscrito do Lankavatara para o Inglês foi publicada em 1932.
Sutra do Coração – Um dos menores textos Budistas, ele contrasta os ensinamentos Prajnaparamita sobre a vacuidade com o ensinamento Sarvastivadin da substância inerente. Existem várias traduções em Chinês e muitas mais em Inglês.
Sutra do Diamante – O mais popular dos sutras Prajnaparamitas. O título em Sânscrito é Vajracchedika Prajnaparamita Sutra.
Sutra do Lótus – Uma das primeiras escrituras Mahayana que clama ser um dos últimos sermões do Buda. Enquanto apresenta os aspectos cósmicos do Buda, também ensina a universalidade entre os seres da habilidade para tornarem-se budas.
Sutra da Plataforma – O registro do ensinamento Zen de Hui-neng, o Sexto Patriarca do Zen.
sva-bhava – O que existe por si. Por isso, o bloco de construção essencial de qualquer concepção da realidade, seja ela imaginada, dependente ou perfeita.
sva-citta-dryshya-matra – Sânscrito para “nada além das percepções da própria mente.”
sva-pratyatma arya-jnana – Sânscrito para “a autorrealização do conhecimento do buda.”
swastika – Esse símbolo antigo de origem desconhecida também é referido como shrivatsa. Ele frequentemente aparece como uma espiral branca no meio do peito de um buda ou um dos deuses Hindus, como por exemplo Vishnu.
talidade – O Sânscrito é tathata. Realidade.
T’ai-hsu/Taixu (1890-1947) – Monge-erudito que devotou-se à revitalização e reforma do Budismo Chinês no começo do Séc. XX.
Taipei/Taibei – Capital de Taiwan.
Taisho (Revisto) Tripitaka – Essa edição do Cânon Budista Mahayana foi publicada no Japão entre 1924 e 1934 e permanece a fonte de referência primária dos sutras Budistas Chineses.
Tanyang/Danyang – Cidade perto de Nanching.
Tao-hsin/Daoxin (580-651) – Quarto Patriarca do Zen na China e responsável pelo estabelecimento do primeiro monastério Zen.
T’an-lin (506-574) – Discípulo chinês de Bodidarma.
Tao-hsuan/Daoxuan (596-667) – Monge erudito e fundador da Escola do Preceito do Budismo Chinês. Entre as obras que produziu, a mais famosa é Hsukaosengchuan, uma coleção de biografias de quase quinhentos monges ativos de 502 a 645.
tatagata – Um dos vários termos em Sânscrito utilizado para referir-se a um buda. Significa “vir/ir na talidade.”
tatagata-garbha – Esse termo Sânscrito significa “ventre dos budas.” No Lankavatara é tratado como o mesmo que alaya-vijnana (consciência repositório), dois lados da mesma moeda. Mas é o alaya-vijnana transformado e livre de projeções. Em outro lugar, conecta-se com o corpo do darma: oculto, é o tatagata-garbha, visível, é o corpo do darma. Basicamente, no entanto, o termo é um paliativo para aqueles aterrorizados com a ideia de não-sujeito.
Te-ch’ing/Deqing (1546-1623) – Monge erudito chinês e figura importante no renascimento do Zen na China durante a dinastia Ming (1368-1644).
tendências – O Sânscrito é gunas. Esses são vistos como permanentes e, em combinação, formam objetos da sensibilidade, que são impermanentes.
tetralema – As quatro possibilidades: x ou y, ambos x e y, nem x nem y.
três caminhos/veículos – O Sânscrito é tri-yana. Esses normalmente incluem os dois caminhos menores do Hinayana, ou seja, os shravakas e os pratyeka-budas, e o caminho maior dos bodisatvas Mahayanas. Entretanto, no Lankavatara, o Buda diz que existe um caminho para os deuses e Brama, um para os shravakas e pratyeka-budas e um para os tatagatas.
três continuidades – O Sânscrito é tri-samtati. Incluem a ambição, a raiva e a delusão. Também conhecidos como os três venenos, são os responsáveis pela continuidade do sofrimento e da existência.
três meios ao conhecimento – Esses três são usados na epistemologia Samkhya e incluem a autoridade aceita, inferência ou raciocínio, e experiência direta.
três modos da não-realidade – O Sânscrito é tri-asvabhava. Inclui forma, vida e realidade. Esse termo não aparece no Lanka.
três modos da realidade – O Sânscrito é tri-svabhava. Inclui a realidade imaginada, a dependente e a perfeita.
três reinos – Com a intenção de cobrir todas as formas da existência em qualquer mundo, esses incluem o reino do desejo (onde existem cinco ou seis tipos de existência), o reino da forma (onde existem quatro ou mais paraísos), e o reino da não-forma (onde também existem quatro paraísos ou níveis).
três tesouros – As diferentes facetas do Budismo as quais os praticantes confiam. Incluem o Buda, o Darma e a Sanga.
três venenos – O Sânscrito é tri-visha. Inclui a delusão, o desejo e a raiva. São frequentemente representados como um porco, uma galinha e uma cobra, respectivamente.
trinta e dois atributos – Esse é o número de marcas associadas a todos os budas, tais como lóbulos da orelha e braços longos e uma swastika no peito.
trinta e sete elementos da iluminação – O Sânscrito é bodhi-pakshsa. Esses são frequentemente relacionados usando a terra para representar a natureza da realidade, as sementes como os quatro sujeitos da atenção plena, o plantar das sementes como os quatro esforços corretos, o brotar das sementes como as quatro habilidades supernaturais, o enraizamento como as cinco faculdades psíquicas, o crescimento do caule e das folhas como os cinco poderes espirituais, as flores como os sete constituintes da iluminação e o fruto como o nobre caminho óctuplo.
Tokhara – Antigo reino que incluía partes do Afeganistão, Paquistão e Uzbequistão, mais ou menos equivalente ao antigo reino da Báctria.
Tokiwa, Gishin – Erudito japonês e tradutor da tradução chinesa do Lankavatara de Gunabhadra de volta para o Sânscrito e também para o Inglês (esta última ainda não está disponível ao público).
Tripitaka – O Cânon Budista. Com cem ou mais volumes, existem diferentes versões dessa coleção de escrituras em Chinês, Pali e Tibetano.
Tseng Feng-yi/Zeng Fengyi (cerca de 1570-1640) – Estudioso confuciano que converteu-se ao Budismo e produziu numerosos comentários sobre os principais sutras, incluindo o Lankavatara, o qual muitos dos meus comentários estão baseados.
Tunhuang/Dunhuang – Importante oásis na Rota da Seda localizado onde o Deserto Taklamakan encontra o Corredor Kansu.
T’ung-jun/Tongrun (1565-1624) – Monge erudito da dinastia Ming que produziu numerosos comentários sobre os principais sutras. Entre os comentários que utilizei para o Lankavatara, o dele é o melhor.
um caminho – Refere-se ao ensinamento da realização pessoal.
vacuidade – O Sânscrito é shunyata. No Budismo o termo é usado em referência à “vacuidade da auto-existência” e não em referência à “não-existência.”
Vajrapani – O nome de uma das três deidades protetoras de todo buda. Como seu nome indica, usualmente é representado empunhando um vajra, ou raio.
Vasubandhu (ativo em 380 d.C.) – Monge erudito indiano e autor de vários tratados que ajudaram a estabelecer os ensinamentos do Budismo Yogacara.
Vedas – As escrituras dos Brâmanes.
Vimalakirti Sutra – Um dos principais sutras do Budismo Mahayana centrado em torno da visita de Manjushri a um leigo doente, Vimalakirti, que representa a realização da iluminação fora da ordem monástica.
vinaya – A parte do Cânon Budista que lida com a disciplina moral.
Wei do Norte – Estado dinástico que controlou boa parte do Norte da China entre 386-534.
Wu Tse-t’ien/Wu Zitian (624-705) – Imperatriz da dinastia T’ang.
Wu-ming/Wuming (1910-2011) – Antigo abade do Monastério Haiming em Taiwan.
Yang Hsuan-chih/Yang Xuanzhi (ativo em 530) – Escritor e tradutor Budista que compilou um registro dos templos Budistas de Loyang (Lo-yang ch’ieh-lan-chi)
yakshas – Uma das tribos ancestrais da Índia, juntamente com os rakshasas, com os quais são frequentemente confundidos.
Yin-shun/Yinshun (1905-2005) – Proeminente monge erudito chinês e um dos poucos mestres modernos a especializar-se no Budismo Indiano, especialmente no ensinamento Madhyamaka de Nagarjuna.
Yogacara – Significa “prática de yoga” em Sânscrito. A sua aplicação, entretanto, faz referência à escola de Budismo que começou nos séculos terceiro e quarto e que focava sua atenção na consciência.
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