Congregar! Unir para espalhar,
a aurora, a cantiga, o luar.
Prensar as emoções doces
colher o suco fresco de noite
Orbitar desesperadamente à paz
Como se fosse o último sopro de ar.
Destilar o néctar da boca,
essa ninfa de voz rouca.
Atiçar a viagem, o Nordeste,
recolher o tesouro do Agreste.
Se não formos, quem irá?
A revolução, pelo amor, é já.
A pele que permite o toque,
o deslize da mão que não para
ante o mistério da palavra.
E eu só quero o riso,
dos belos cabelos lisos,
e dos cachos morenos,
que acalentam os beijos.
E que eu seja Portugal,
do meu Brasil Natal,
e que haja amor na guerra,
essa grande quimera.
Que passará! A guerra
passará como brisa!
E que eu seja o guia
do fluxo, das vias,
Que se esquece da tristeza,
sendo pura correnteza,
do amor sempre à mesa,
essa mesa generosa,
disposta a acolher, a criança,
o homem e a mulher,
que se lançam com tudo,
nesse Cosmos absurdo,
que rege à procissão,
Dos nossos sonhos,
que não passarão.
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