O Céu foi o Protagonista
do nosso Sonho hedonista.
Rasgou Respiração, Morangos, Cometas,
e o tapete de Grama abrigando nossas Cabeças.
Eternizou Hora, Minuto, Segundo
ouvindo à Orquestra do Mundo
e Nós Regentes e Músicos
das Notas, dos Tons, Dilúvio.
A Natureza é avessa à Beleza pouca
Chove a quantidade certa para cada Boca
A Terra é o Abrigo, Maternidade,
a Poeira seca encarnada de Saudade.
O atoleiro não é ponto, é vírgula, refrão,
da Cantiga, do Verão
que leva das Cachoeiras
a Paz, a Serenidade, as Vidas Rueiras.
A Família é o Sinal, o Anel,
a Aliança com o Céu,
a Continuação, a Corrente,
que Erra mas é Contente.
Pois não cansa de saudar à Ética,
à Estética sempre de Vanguarda,
que vê no olho Alheio o Anjo da Guarda
Obcecado em ser Feliz,
Escapando por um Triz,
do Universo, esse Juiz.
O Seio é o Carimbo Feminino,
a Fonte, o Vulcão, o Menino
que se perde entre os Cafezais, Ilhas,
lobo solitário sem matilha.
O Abraço é o Laço,
O Toque tão Terno,
o Sujeito Principal do Verbo,
O Continente, o Aço.
Muitas vezes mais o Céu nos receberá,
Nós Gotículas dos Mares,
Escancarando suas Janelas, seus Mistérios,
seus Movimentos, seus Critérios,
e o Amor permanecerá sendo o Alimento,
a Água e as batidas do nosso Coração Sereno.
E a Água continuará seu Curso,
Sublime que Molha e Marca
indicando-nos – Relógio – a Marcha
do Tempo com suas Asas
Voando sobre nossas Casas
Reconhecendo e Abençoando as Jornadas.
São Carlos, Tarde de 25/08/14.
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